Céu escuro, noite fria, dois corações descompassados com a proximidade de seus corpos. A mente não acredita que depois de dias de escuridão suas retinas capturaram aquela imagem tão aguardada, tão desejada.
Palavras interrompidas com o tocar dos lábios. Elas eram inúteis naquele momento tão esperando pelos dois amantes. Pra quê falar? Pra quê olhar? Pra quê pensar?
Dois corpos guiados pelo desejo de amar e ser amado proporcionaram momentos inesquecíveis quando foram transportados para um pequeno planeta de dois habitantes.
Foi lindo, especial. Até que simultaneamente fomos trazidos de volta para aquele quarto, num instante que tirou do eclipse entre o sol e a lua, o titulo de fenômeno mais sublime da natureza. Porque não tiramos o brilho um dos outro, fazemos um ao outro brilhar mais intensamente.
Já não sou mais eu, já não és mais tu, somos as duas únicas peças de um quebra-cabeça que quando juntos, completam a felicidade.