Quando criança, eu sonhava com aquilo que seria “perfeito”, que fosse resposta caso alguém me perguntasse o que eu queria ser quando crescer. Essa pergunta nunca veio, e a resposta, acabou esquecida num cantinho de um baú onde ficam guardadas as lembranças.
Muito tempo depois, aprendi até onde um homem pode ir por um sonho. Foi quando o medo de ser ninguém permitiu que eu deixasse de ser o que o mundo queria que eu fosse para ser aquilo que eu queria ser. Voltei a sonhar, mas não só a sonhar, passei a ser guiado pelos meus sonhos, e eu só sonhava (e sonho) em ser feliz.
Diferente dos filósofos (até porque eu não o sou), penso que a felicidade (ou o meu sonho), não se trata de algo abstrato, pelo contrario, a felicidade nada mais é, que a soma de dois mais dois. Algo que precisa ser dividido pra ser multiplicado.
Comecei uma busca por aquela com quem eu sonharia, dividiria a felicidade, só que a vida, em sua sapiência, tratou de me ensinar que não é o homem quem inventa o sonho, mas o sonho que inventa o homem.
Foi quando lembrei de um sonho antigo, empoeirado, esquecido. O sonho que me fez ser quem eu sou, que quando criança era resposta pros outros, e que agora, era resposta pra mim.
Voltei a sonhar este sonho, que tirou a trave que tinha em meus olhos, revelando-se já presente em minha vida. E a revelação foi bela, por completa, em forma feminina, em forma de menina, em forma de mulher, me encantando com a simplicidade da resposta, e fazendo me achar um completo tolo por passar anos para perceber o quanto é dois mais dois.
Hoje não quero outra coisa, se não viver a simplicidade deste sonho, com a certeza de ter descoberto o sentido dado por Deus para a vida.
Neyl Santos
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